Batucada Final

Meia hora depois da vergonhosa e humilhante derrota da seleção brasileira para a da França, procurei relaxar e controlar minha indignação, vendo um filme. Terminei o copo de cerveja, agora mais amarga do que antes, comi um canapé de anchova com uma folha de salsinha e uma gota de mostarda amarela, que lembrava o “auriverde pendão da minha pátria, que a brisa do Brasil beija e balança”, e acessei a HBO.
Ao ver o filme, a figura patética de Parreira e Zagallo, parados, bestificados, inertes, desmotivados, incapazes, impotentes, voltou a me assombrar. O som da batucada no ônibus chegando ao estádio ainda soava.
O filme que estava vendo, Miracle, Desafio no Gelo, de 2004, americano, conta a história do treinador Herb Brooks. Do homem que treinou a equipe de hóquei que derrotou nas Olimpíadas de 1980 a equipe da União Soviética.
Essa equipe era considerada imbatível. Desde 1960 reinava absoluta. O filme mostra Brooks treinando os jogadores, física e psicologicamente. Incutindo-lhes a vontade de jogar e de vencer.
Arrogantes, os soviéticos declararam que iriam derrotar os americanos em sua própria casa. Perderam.

Brooks antes do jogo disse aos jogadores que aquele era o momento único de cada um. Cabia-lhes, só a eles, transformá-lo em história. Transformaram!!!
Derrotaram a temida e poderosa equipe soviética.
Herb Brooks não viu o filme. Morreu antes do lançamento. Mas, a homenagem, o reconhecimento, ficou.
Será que algum dia alguém ousará fazer um filme sobre Zagallo e a seleção de 1998? Sobre Parreira e a de 2006? Este dois senhores que se dizem técnicos e professores, não têm mais nada a ensinar. São no mínimo grotescos.
Ambos, em duas oportunidades, 1998 e 2006 demonstraram não estar à altura das posições que ocupam.
Não temos que engolir Zagallo. Muito menos Parreira. Temos que vomitá-los. Defecá-los.
Mostrar-lhes o cartão vermelho. Eliminá-los de nossas vidas como eliminaram a seleção. Tira-los definitivamente de circulação.
Quanto aos nossos maiores, melhores do mundo, não há nada que os retrate melhor do que o R que Ronaldinho Gaúcho ostentou na ridícula faixa que segura seus cabelos: R de relapsos, isto é, negligentes no cumprimento de suas obrigações, relaxados, displicentes.

O que nos faz pensar que a esses “senhores” a seleção pouco ou nada significa. Para eles o que conta são os dólares, os euros que recebem dos times que defendem fora do Brasil. Para eles a seleção é um estorvo. Só atrapalha. Desgasta. Perder ou ganhar, tanto faz. Suas polpudas contas nos bancos continuam inalteradas.
Está na hora de ignorá-los. Repudiá-los. Execrá-los. Privá-los da cidadania. Considerá-los apátridas. Pois brasileiros não são!!!
São Paulo, 2 de julho de 2006 Carlos von Schmidt 18H57